CRIANDO,PRESERVANDO,FUTUROS CAMPEÕES

LIVRES NA RUA

25/04/2015 10:59

Uma causa se destaca entre as bandeiras do novo feminismo: o combate ao assédio sofrido por mulheres em espaços público. Ativistas do mundo todo usam a internet para consientizar e tentar banir as ofensivas abordagens masculinas.(por Luara Calvi Anic)

Levar uma cantada na rua agora é assunto sério. Comentários que constragem, ofendem, intimidam e amedrontam são considerados uma forma de assédio sexual. E mulheres de várias partes do mundo vêm se mobilizando para trazer à tona a discussão, especialmente produzindo vídeos que registram os insultos sofridos nas andanças cotidianas. "Estamos assistindo ao surgimento de novas manifestações do movimento fiminista, e a luta contra o assédio é parte disso. As mulheres estão entendendo que não deveriam tolerar tal situação", diz a CLAUDIA  Emily May cofundadora da Organização americana Hollaback! que abraçou a causa. Já há vitórias. No Egito, onde as abordagem ultrapassam o limite verbal, e eles puxam, passam a mão, enfiam o braço dentro de carros ou fazem  pior, um decreto de 2014 criminaliza os atos com pena de até cinco anos de prisão. Foi baixando após cair na rede um vídio em que uma mulher é agredida por vários sujeitos na Praça Tahrir, no Cairo, até ficar nua. "Não vivemos nas cidades  da mesma forma que os homens. Algum deles já deixou de vestir uma determinada roupa por medo", indaga a brasileira Juliana de Faria, da campanha Chega de Fiu Fiu. Veja a seguir como as mulheres têm levantado essa bandeira.

DIREITO DE IR, VIR E VESTIR  A paulistana Juliana de Faria, 30 anos, lançou em 2013 a campanha Chega de fiu fiu, contra o assédio a mulheres em espaços publicos, não importa o que estejam usando. Na época, divulgou uma pesquisa com 8 mil entrevistadas em que praticamente todas declararam já ter enfrentado do tipo nas ruas - e 83% não achavam graça nisso. " O que muita gente vê como elogio é uma agressão que atinje nossa liberdade, porque traz medo e intimidação", diz Juliana. Ela e mais três amigas arrecadaram fundos em um site de financiamento coletivo para fazer um documentário sobre o tema que deve ser lançado em janeiro de 2016. No filme, além de análise de especialistas, mulheres usando óculos com microcâmeras acoplada andam pela cidade e registram falas e atitudes ofencivas.

TEM CONSEQUêNCIAS, SIM! - Quando estava cursando cinema, a belga Sofie Peeters, 26 anos, ouvia muitos ultrajes nas redondezas de casa, em Bruxelas. Resolveu, então, filmar o assédio que sofria constantemente. O vídeo virou documentário Femme de La Rue(2012) e rendeu tanta discussão sobre o tema que as autoridades locais baixaram um decreto prevendo multa para quem molestar mulheres em espaços públicos.(artigo publicado na revista CLAUDIA /MARÇO/2015)

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