CRIANDO,PRESERVANDO,FUTUROS CAMPEÕES

H E R Ó I NÚMERO UM
16/09/2014 14:59
Em homenagem áquele que protege, ensina, ama, divide a criação, cinco mulheres e seus pais posam para ensaio fotográfico e contam o que aprenderam um com o outro( Luara Calvi anic e edição de moda Lena Carderari).
A FILHA - RACHEL MANCINI(dona do brechó Gato Bravo) "Com meu pai aprenci a amar as palavras e o significado profundo delas. Ganhei dele minha primeira máquina de escrever. Aprendi a apreciar a arte, a fotografia, as coisas simples da vida e os animais. Somos vegetarianos e apaixonados por gatos. Ele me ensinou que uma das coisas mais importantes da vida é ser generoso e olhar pelo outro. É tambem trabalhar de forma guerreira e honesta. Trocamos confidências, conselhos e história de vida e sonhos. Por causa dele, sempre fiz questão de ser autêntica. Suas palavras me levam a um lugar longe deste mundo, um lugar espiritual, sensível e puro. Ele me ajuda a sentir que tudo vai dar certo."
O PAI - WALTER MANCINI - Empresário 71 anos - "
Tenho alma entregue aos meus três filhos e jamais pude imaginar que seria cativo de um amor tão lindo e verdadeiro. Com a Raquel, aprendi a ouvir e a pedir conselhos. Nós conversamos muito. A experiência de ser pai faz com que sentimentos como ciúme, desatenção, esquecimento, dúvidas e questionamentos simplismente desaparecem. É que, quando tem filhos, você ama e é tambem amado - e é um amor eterno. Surge, então uma luz imensa dentro de sua alma que os olhos não conseguem esconder. Os filhos chegam para que a vida se torne mais feliz e a gente tem uma razão verdadeira para estar aqui"
A FILHA (Fernanda Yamamoto, estilista 35 anos) " Meu pai é um dos médicos mais respeitados em sua área de atuação, a neurologia. O conhecimento foi conquistado com anos de estudo, dedicação e muito trabalho. Com ele aprendi que uma carreira se constroi com determinação e premissas simples. É acordar cedo todos os dias, persistir nos objetivos, nunca deixar de perseverar diante das adversidades. Aprendi a conquistar meu espaço com meu suor respeitando as pessoas que atuam comigo, igualzinho ao meu pai, que é uma pessoa de poucas palavras, mas de muitas ações.Descobri com ele que o que conquistamos de maneira sólida é duradouro e possui um sabor mais especial".
O PAI (Fábio Yamamoto, médico 63 anos) "Com a Fernanda, a menina do meu casal de filhos, aprendi o valor da solidariedade. Foram muitas as suas ações que me sensibilizaram e fizeram valer ainda mais a pena ser seu pai. Por exemplo: aos 21 anos ela se formou em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e escolheu trabalhar no terceiro setor, da Fundação Gol de letra. até que se entregou de corpo e alma à área da moda. Recentemente, ela visitou o Cariri pernambucano para firmar parcerias com a comunidade de rendeiras da região. Alem de obstinação e perseverança a Fernanda tem na solidariedade uma de suas marcas".
A FILHA Elisa Stecca, joalheira, 51 anos - "A maior herança que recebi do meu pai é o entusiasmo, a vontade de aprender. Ele vive repetindo: O único jeito do nosso cérebro não parar é se manter ativo". Ele tem uma veia pesquisadora que me inspira. Como sempre se cuidou e adotou alimentação macrobiótica, passei a comer arroz integral e muita fruta por causa dele. E aprendi a ter diciplina no trabalho, a entender que as coisas não vem de graça. Tenho mais um lado que vem dele: vejo o trabalho como um meio de realização pessoal, e não como um fim em si mesmo ou apenas um sustento".
O PAI - Oswaldo Stecca. engenheiro 86 anos"Com a Elisa, a primeira de cinco filhas, eu conheci o amor familiar. Eu e minha mulher sempre nos demos bem, mas ampliamos esse sentimento depois do nascimento dela. A Elisa é uma pessoa alegre que se interessa pelos trabalhos artisticos, más tambem os empresariais. Como gosto de números, acho bom que ela tenha seguido esse caminho profissional. Quem é artista admira as coisas bonitas. E ela me influencia nisso- tanto que, ultimamente, tenho adorado as flores. Antes eu passava e nem observava. Agora presto atenção.
A FILHA (ANA PAULA HORNOS - Educadora financeira 42 anos: - Desde pequena em toda virada do ano meu pai reunia a família e pedia que escrevêssemos nossas metas para o ano seguinte. Com ele aprendi a importância de sonhar e de ter objetivos a alcançar na vida e tambem o amor ao trabalho, ao esporte, à música e ao próximo. Meu pai é médico e oficial da reserva do exército. Essa combinação de personalidade forte, bem masculina e carismática, com um jeito imensamente carinhoso, o torna uma pessoa inesquecível."
O PAI -PAULO ORNOS MÉDICO 78 anos "Poderíamos pensar que somente os pais ensinam aos filhos, o que no meu caso nunca foi verdade, pois aprendi muitas coisas com meus três filhos, durante todo o crescimento deles. A Ana Paula é a única mulher e primogênita. Desde que nasceu me ensina a amar profundamente. Depois, seu empenho, sua iniciativa e, sobretudo sua determinação me levaram a valorizar o esforço e a dedicação na conquista de ideais. Como grande profissional da área financeira, naturalmente ela me ajuda a refletir sobre como gerir minhas finanças."
A FILHA - ANDREA CASSOLARI, Cabelereira 31 anos - "Com êle aprendi tudo. o jeito como cortar o cabelo e como é superintuitivo no trabalho. Adoro a forma como meu pai mistura técnica e intuição. Isso me fez acreditar também no meu feeling para lidar com as clientes no salão. As vezes é dificil trabalhar em família, mas admiro o valor que ele dá a essa união. Meu pai gosta muito de ajudar as pessoas, tenta fazer todo mundo ao redor crescer.Na infância, me ensinou traquinagens. Assim como deu bastante dor de cabeça para minha vó,eu dei para ele(risos)."
O PAI - RICARDO CASSORARI - Cabeleireiro 64 anos - "Temos muitas coisas parecidas, mas outras bem diferentes.Sempre tive isso de não aprisionar, de deixar minhas duas filhas livres. A Andrea poderia ter escolhido qualquer profissão que eu apoiaria. Tive sorte de vê-la optar pela minha. Ela é uma artista, traz o frescor da juventude para minha vida. Trabalhar junto e observa-la fazendo as coisas me dá mais vigor.
Pego emprestado um pouquinho de sua ousadia. Os jóvens têm essa vontade de crescer, construir, inovar. Gosto de estar perto deles porque, se bobear, você acaba careta, engessado." Artigo publicado na revista CLAUDIA/agosto/2014"