CRIANDO,PRESERVANDO,FUTUROS CAMPEÕES

CURIOSIDADE
26/05/2017 23:28
HOJE, DEPOIS DE TANTOS ANOS, RESOLVI, CONTAR, PARTE DA HISTORIA DE MINHA VIDA.
Voltando no tempo, minha mãe, a saudosa Albina da Silva de Paula, contava que, eu nascido no município de S.Jm. Da Barra – SP em nove de abril de 1942, de parto normal, com ajuda de uma parteira, mostrava desde nenê o tipo troncudinho, dizia a DNA. Albina, mãe coruja dizia que eu era muito saudável, robusto e que com três anos de idade, se deu um caso pra La de curioso, que hoje dava até pra colocar no Yutoob, e que eu era criado com leite de cabra e que a cabrita que fornecia o leite, perdeu o seu filhinho, depois de três meses de nascido, ele faleceu, e que, eu pra não correr risco, a mãe me colocava em um chiqueirinho (conhecido por quadrado), nesse confinamento, eu chorava , tentava escapar, porem não conseguia. Certo dia, minha mãe se encontrava lavando roupa, em um rego de água que passava no fundo de nossa casa, notava que aquele dia eu chorava tanto que mais pareciam berros do cabritinho que, havia morrido, eu chorava e a cabrita berrava, eu chorava e a cabrita berrava de repente DNA. Albina não ouviu nem meu choro e nem o berro da cabra, daí foi observar o que estava acontecendo. Para sua surpresa, a cabra aproximou-se do quadradinho eu, agarrei seu peito e estava me fartando do seu leite, diretamente da fonte. Depois daquele dia, bastava eu chorar que a cabritinha, minha mãe de leite já se aproximava, como se eu fosse seu filho, pra me servir.
Aos cinco anos fomos morar em um sitio na divisa de São Joaquim. Da Barra com Ipuã, de propriedade da Família Mauad. Meu pai, o saudoso Raul de Paula, era o admistrador do sitio do Sr. Abrahão Mauad, empresário do setor calçadista, em na cidade de São Joaquim da Barra, SP. Contam que o principal produto da cidade era a fabricação de calçados com forte destaque na região. O dono, daquele paraíso, Sr. Abrahão era casado com DNA Maria, que tinham três filhos Claudine, Euzimio e Áurea. Aquela chácara era uma delicia e também o retiro espiritual da família Mauad. Meu pai, com muito esforço e também com a ajuda nossa e da DNA. Albina nossa mãe. Fomos pra chácara em 1947, La já havia muitas arvores frutífera, como abacateiros, muitas laranjeiras, jabuticabeiras, amoreiras e outras. Havia muita agua, e ate um riachinho que corria bem próximo à casa que morávamos. Lá meu pai, plantou muitas variedades de frutas como, melancia, abacaxi, acerola e outras. Também, naquele paraíso, pra completar o cenário, passamos a criar muitas galinhas caipira, patos, havia até um casal de piru que chocou e nasceu vários piruzinhos. Criávamos gado leiteiro, algumas cabeças. Lembro-me dos porcos, leitoas com vário leitãozinho, uma gracinha. Havia um córrego grande que passava na divisa do sitio, onde a gente pescava lambari e caçava periá, uma espécie de coelhinho do brejo, Há, o Bandolim, um cachorrinho, vira-lata, mestiço Fox, nos ajudava na caça, cuja mistura do almoço era tirada dessa caça. Ele acompanhava a gente pra tudo, até para apartar o gado, quando meu pai arriava o cavalo para a lida, o bandolim era seu ajudante.
Eu e mais dois irmãos e minha irmã, estudávamos em uma escola que ficava a uns cinco quilômetros da chácara na fazenda Tamboriu, sendo que eu com apenas seis anos já frequentava a escola. Lembro-me que minha mãe preparava um caldeirão de comida, pra ora do lanche na escola.
S.Jm da Barra. Ali, moramos uns cinco anos aproximadamente. Foram tempos maravilhosos enquanto durou; muita natureza, frutas, animais muitos porcos, leitãozinho muito lindos; cabritos com lindos cabritinhos, galinhas com dúzias de pintinhos, ciscando e tratando de sua prole.
Frutas, muitas frutas que eram colhidas no pomar, como abacates, jabuticaba, laranja, abacaxi, melancias, marolo, pitanga, jaca e muitas outras. Tinha também animais como vaca de leite, cavalo ate havia também carneiro. Aquele recanto era um paraíso, havia no fundo de casa um belo córrego de água que brotava de uma mina que era tão limpa que dava ate pra beber aquela água. Canárias terras chocavam em casa de João de barro, em buraco de moirão de cerca, fazia a maior cantoria todas as manhãs de sol, cuidando de quatro ou cinco filhotes. Tinha também muitos sabias peito roxo, também conhecido como sabiá laranjeira seu canto era flauteado, tipo piedade, maravilhoso. Havia muitos pássaros-preto, que gostavam de cantar na volta do dia, em época de acasalamento, gostavam muito da roça de arroz.
Claudinet Mauad, o filho do dono do sitio, um rapaz super bacana, era o rei dos canarista em S.J.da Barra, e a maioria deles eram levados do sítio que eu e meu irmão Jose Mario, pegávamos na redondeza, sem exagero, eram os melhores da região. Somente depois de tanto tempo ficamos sabendo que era cruelmente usado em rinha de briga de canário, o que é proibido pelo IBAMA. Sendo que na época a fiscalização não era muito forte.