CUIDADOS COM A PRÓSTATA

.Exame de urina para a detecção do câncer de próstata é o mais extraordinário avanço em duas décadas: Você sabia que a cada setenta mil homens no Brasil recebem a notícia de que estão com câncer de próstata? Quando a doença é descoberta em fase inicial, as chances de cura chega a 97%. Nos anos 70, não passava de 65%. O avanço é resultado da popularização do toque retal e da medição no sangue de uma proteina, a PSA, sinalizadora de aumento prostático. Um testedesenvolvido por pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, pode tornar a detecção ainda mais certeira. O exame inovador verifica a presença na uurina -- e não no sangue -- de outra proteina, a EN2, tambem indicativa da existência de câncer.

É o mais extraordinário passo no diagnóstico precoce da doença em 25 anos, desde que o PSA entrou  para a  rotina . A diferença entre os testes;

TAXA DE EFICÁCIA -- EN2 = 66% PSA entre 20% a 30%

INSID~ENCIA DE FALSOS POSITIVOS EN2= 10% PSA  60%

O RISCO É GRANDE  Os tumores malígnos fazem cerca de 70.000 novos doentes todos os anos no Brasil --embora a cura chega a 97%.

O novo teste será aplicado a partir de 2015. A proteina EN2 é naturalmente sintetizada durante o desenvolvimento cerebral do feto. No nascimento, a sua produção diminui consideravelmente. Só volta a carga na presença de células prostáticas doentes, segundo estudos publicado na revista científica Clinical Cancer Research não apresenta a substância. Ou seja, a EN2 é um marcador exclusivo para a doença "Alem de detectar a existância do tumor, alterações nas quantidades de EN2 podem indicar a agressividade da doença", diz o oncologista Fernando Maluf, do hospital São José, em São Paulo. Quanto maior é sua consentração, mais perigoso é o cancer.

A analise da PSA é menos precisa, pelo fato de ela ser encontrada tanto no organismo de homens saudáveis como no de doente. Com o envelhecimento é natural que a prótata cresça e, consequentemente, as taxas de PSA subam. As diferenças entre os exames de PSA e de EN2 são enormes. O teste de urina tem uma eficácia de 66% - uma taxa até três vezes maior do que a do sangue(veja o quadro acima). As apostas na EN2 são ambiciosas.  " A idéia é que no futuro o exame substitua o toque retal" disse a VEJA o oncologista Hardev Pandha, coordenador da pesquisa da Universidade de Surrey. Muitos homens ainda definem o exame clínico como "infame"

Antes que se comemore o fim desse recurso, cabe um alerta: ainda há um longo caminho a percorrer até que a EN2 possa ser alcançada à condiçao de principal ferramenta na prevenção do cancer de próstata.(Matéria extraida da revista VEJA de março/2014)