CRIANDO,PRESERVANDO,FUTUROS CAMPEÕES

ORGANIZAÇÃO(PRECISAMOS ENSINAR AS CRIANÇAS)

ORDEM E PROGRESSO; crianças organizadas serão adultos mais responsáveis. Um novo livro mostra como ajudá-las nisso desde cedo. São medidas simples, como reservar espaço para as lições(Por Simone Costa)

Na mochila, bugigangas se mistura as lições espalhadas em folhas que deveriam estar agrupadas em um fichario. Em casa, uma escrivaninha abarrotada de livros sobrepostos por brinquedos e até roupas. Na escola, o armário ou escaninho dele parece ter sobrevivido a um furacão. Para completar, trabalhos são feitos e não entregues, data de provas acabam lembradas na noite anterior. Não espere o senso de (des)ordem do seu filho chegar a esse ponto para ajudá-lo. "As crianças não bagunceiras porque são preguiçosas. Elas precisam aprender a se organizar, já que o lobo frontal, a parte do cérebro responsável pelo planejamento e a organização, ainda está em desenvolvimento", disse a  CLAUDIA a psicoterapeuta e consultora educacional Marcella Moran. A americana escreveu com o neurologista infasntil Martin Kutscher Meu Filho é uma Bagunça(Agir) um manual para ajudar os pais na tarefa, já lançado no Brasil.

Para a criança, esse aprendizado não significa apenas entender como encontrar as coisas e onde deixá-las quando fora de uso. "A organização externa está relacionada à organização mental, que envolve aspectos emocionais, cognitivos, culturais e sociais", explica a psicopedagoga Edith Rubinstein, diretora do Centro de Estudos Seminários de Psicopedagogia, de São Paulo. Em outras palavras, lições de como manter a ordem tem um impácto muito maior. "Ao dominar noções de espaço e tempo, ela será capaz de construir uma boa relação consigo mesma e com o entorno, sentindo-se mais segura. Consequentemente, se tornará mais autônima." E isso fornecerá as confiança necessária para lidar com os desafios futuros. Pequenas tarefas ajudam a prepará-la a assumir responsabilidades cada vez maiores, algo primordial na vida adulta", completa a pedagoga Virgínia Ávila, coordenadora do Grupo de Estudo epesquisas obre Educação Escolar e Não Escolar da Universidade de Pernambuco.

No mundo infantil assim como no adulto, não confunda bagunça com criatividade. "Esta última envolve flexibilidade e amplia o campo mental, más demanda organização para que o" invento" seja concluido. O caos inicial pode ser o estopim para uma brincadeira, más um ambiente muito desordenado dificulta a produção", afirma Edith. Prefira o caminho do meio e deixe  o tempo e espaço para a criança brincar, remexer tudo e depois arrumar para recomeçar o dia seguinte sem excessos; se a mãe é rígida demais pode criar um adolescente rebelde. "AS CRIANÇAS NÃO SÃO BAGUNCEIRAS POR PREGUIÇA, ELAS PRECISAM APRENDER A SE ORGANIZAR"(Marcela Moran, consultora Educacional)

PRIMEIRO PASSO; ESTABELEÇA UMA ROTINA - já percebeu como o dia fica confuso quando rompemos com nossa programação habitual? Se é difícil para os adultos, imagine para os pequeninos, que estão se adapitando à escola, às lições e a inúmeras tarefas extra curriculares. "Com os bebês as mães costumam seguir uma rotina. Não abra mão disso quando crescem; mantenha horários para as atividades", sugere Virgínia. A maioria das escolas seguem uma programação diária básica com os alunos menores: prencher o calendário, verificar quem faltou, fazer uma atividade, comer um lanche, trabalhar  no projeto e finalizar coma leitura de uma história. O script fixo dá estabilidade e segurança à criança -- que sabe o que  a espera -- e ajuda a organizar o aprendizado.

Quando começa a segunda etapa do ensino fundamental, em torno de 10 anos, ela já tem condições de montar a própria programação. Assim, tente pedir que passe a preencher um quadro vazio - fixado no quarto dela, por exemplo - com suas atividades do dia. Provavelmente, não vai sobrar espaço para o estudo, más a mãe pode fazer esse ajuste. Não se deve impor, más negociar para que ela sinta que o dever de casa é tão importante quanto brincar, comer e tomar banho", explica Virgínia.

Na vida escolar, Marcella e Kutscher valorizam a adoção de uma agenda com datas de provas e de entrega de trabalhos. Cada criança segundo a dupla, preferirá um tipo de anotação, conforme seu estilo de organização, que pode ser mais visual, especial ou cronológico(a seguir, faça um teste). Integrantes do primeiro grupo gostam de ver planejamento o mês inteiro. Os do segundo necessitam de uma área maior as atividades de cada dia. Já os do terceiro time querem saber quantos dias faltam para a entregar cada tarefa. Uma solução que costuma agradar a todos, eles dizem, é o calendário semanal com notas adesivas, que pode ser fixado na parede acima da escrivaninha.. Cada ação concluida, o post-it é removido. " O modelo escolhido tem que fazer sentido para a criança, que d
eve adotá-lo de verdade.
Quando começar a ver suas notas melhorarem, ela ficará motivada a manter a ordem", diz marcella.
Más não precisa seguir padrões rígidos. Cada criança pode criar seu método, que às vezes só funciona com ela.

Por isso, os pais devem observar se o resultado alcançado nos trabalhos e nas provas é positivo. Esse é um dos sinais mais contudentes da eficácia daquele sistema de organização para o pequeno. "As vezes, o que parece uma bagunça é o modo que a criança achou de se encontrar no meio de tanta informação. Os pais devem ficar atentos se a opção do filho está dando certo Ou conversem e mostrem porque é importante mudar, apresentam uma sugestão e peçam que ele teste", indica Elizabete da Silva Duarte, coordenadora da educação infantil e do primeiro ano de colégio paulistano Nossa Senhora do Murumbi.

E SE NÃO FUNCIONAR? - Colocar a vida do filho em ordem às vezes leva tempo - e algumas crianças precisam de supervisão por um período maior ou até demandam ajuda externa. Segundo Edith, a dificuldade pode ser reflexo do entorno.." A criança começa a se organizar com base na relação que estabelece com o ambiente e com os adultos próximos. Se a desordem faz parte do dia a dia da casa, é assim que ela vai aprender a viver tambem", explica. Se todas as tentativas forem feitas, e o pequeno continua tendo problemas por causa da bagunça, os pais precisam redobrar a atenção. "As vezes, é sinal de algo mais não está bem. défit de atenção ou um problema de fundo emocional. Nesses casos, é necessário procurar ajuda", afirma Marcella. ---  T E S T E - VEJA QUE TIPO DE ORGANIZADOR SEU FILHO É;

01 - Quando está procurando a mochila, o que costuma lhe perguntar; a)" você  viu m inha mochila?" b) "você sabe onde eu coloquei minha mochila?" c)" você lembra quando usei minha mochila pela última vez?"

02 - Quando vai fazer a lição de casa, ele ... A) coloca todo o material necessário em cima da mesa. B) -- limpa a área de estudo antes. C) -- separa os trabalhos numa certa ordem.
03 - SEU FILHO GOSTA DE; A)  Olhar imagens. B) - Brincar com blocos de montar C) - Brincar com aparelhos eletrônicos.

04 - AO ESCOLHER UM LIVRO NA BIBLIOTECA, Que tipo de livro ele pega? A) - Aquele com capa mais atraente, B) um título que lhe agrade. C) Um livro sobre fatos históricos ou uma biografia.

RESULTADO: Se você escolheu a opção A para a maioria das apostas, seu filho pode ser considerado mais visual. Agora, se a alternativa B foi a mais frequente. Por fim, se a letra C foi mais comum, o estilo de organização da criança é cronológica/sequencial.

PARA ACERTAR NA DOSE ; - A quantidade servida tem que ser adequada ao tamanho de quem come. Mas a maioria dos pais se baseia no próprio apetite ao fazer o prato dos filhos. O resultado é um consumo maior do que o saudável, segundo pesquisa das universidades americanas do Colorado e do Alabama. "
Com o tempo, a criança não percebe mais quando está saciada", explica a pediatra Roseli Oselka, da Facudade de MEDICINA DO abc. ANOTE; pequenos em idade pre-escolar devem comer de 50% a 70% do volume dos adultos. E ela dá a dica para reajustar hábitos à mesa: diminua as porções gradativamente; aumente a proporção de legumes e verduras para compensar a redução de carnes e carboidratos; ofereça prato pronto e não deixe extra à vista; não recrimine seu filho por ficarem eventuais sobrinhas; aceite que o apetite varia de uma refeição para outra.

PLANTE NOVOS HÁBITOS; Se você explicar, seu filho de 5 anos, entenderá a importância de lavar as mãos, comer na hora certa, tomar remédio ou fazer exame quando está doente. A capacidade prematura de entender as coisas práticas da vida torna essa fase ideal para estimular o desenvolvimento de bons hábitos para a vida toda, como constou estudo da Universidade de East Anglia, na Inglaterra.

"Não adianta usar termos médicos nem infantilizar a explicação. Metáforas e comparações com coisas do dia a dia são bons recursos para facilitar a compreensão de temas difíceis ou abstratos", sugere a psicóloga Angélica Capelari, da faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo. Um exemplo?"Em vez de discorrer sobre o poder das vitaminas, fale que o corpo tem que ser abastecido do mesmo jeito que um carro precisa de combustível para funcionar direitinho", ensina Angelica.

(ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA CLAUDIA/AGOSTO/2014)

 
 

 

 

 

 

 

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